O ano de 2020 foi atípico em todos os sentidos. Com parte da equipe trabalhando em home office e parte nas fábricas por conta da pandemia de coronavírus, foi necessário reformular a maneira de trabalhar, principalmente no que diz respeito à gestão das demandas para que os erros não prejudiquem os negócios e oportunidades de crescimento no processo de fabricação de ração peletizada.
A ICC Brazil, empresa pioneira na produção de soluções inovadoras para a nutrição animal à base de aditivos de levedura, listou algumas tendências para que as empresas estejam à frente das necessidades e elevem a produtividade da gestão.
Na avaliação do consultor Françuele Alexandre de Medeiros uma das tendências é a automação completa da operação da planta, onde o operador realiza qualquer ajuste de máquina e equipamento com um tablet ou aparelho com conexão wi-fi. A automação integrada promove um padrão, por meio das especificações pré-definidas para processo e produto.
Segundo Françuele, os sistemas para abastecimentos dos silos de processos por transporte pneumático também auxiliam produções a elevarem a produtividade. Isso porque o transporte pneumático anterior ao misturador elimina os riscos de contaminação cruzada e perdas nas matérias-primas e posterior ao misturador, evita a desmistura, contaminação cruzada e mantém as características físicas das partículas/pellets.
O consultor ainda destaca que com o uso de uma balança individual por silo de dosagem, é possível aumentar o número de bateladas por hora, para, desta forma, obter maior grau de precisão de dosagem/pesagem, menor tempo para cada ciclo de batelada, e maior ton/h da linha.
Em relação aos erros e desafios, Françuele pontua falhas na elaboração do projeto. “Como é um processo de fluxo contínuo, por vezes os projetos mal elaborados criam gargalos no fluxo (oscilações no fluxo por capacidades menores do que a projetada nominal), reduzindo a capacidade produtiva em toneladas/hora”, diz.
Um dos grandes desafios não só das fábricas de ração, mas de maneira geral, é a implementação efetiva dos programas de qualidade. “Tirar os programas de qualidade do papel e fazer sua implementação efetiva no chão de indústria, tem sido o grande desafio para as fábricas de ração, sejam os obrigatórios pelos órgãos regulamentadores como o BPF (Boas Práticas de Fabricação), regulado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), sejam os de limpeza e organização 5S (programa de gestão de qualidade empresarial desenvolvido no Japão que visa aperfeiçoar aspectos como organização, limpeza e padronização), ou ainda os de segurança dos alimentos APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle)”, explica, destacando que um programa de qualidade bem implementado, contribui tanto com o processo quanto ao cumprimento dos padrões pré-estabelecidos, tornando possível o alcance esperado dos resultados tanto para a qualidade do produto como para a eficiência produtiva da planta.
Segundo Françuele, foi observada uma carência em conhecimento do processo por parte do pessoal não apenas operacional, mas também de gestão. “Identificamos inúmeras oportunidades de melhorias nos processos. Muitas plantas têm dificuldades em atender as especificações do produto, em sua maioria, as que têm processos de peletização e é comum ocorrerem desvios que comprometem significativamente a qualidade do produto final.
fonte: AviSite, com informações da ICC Brazil