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03/02/2022
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Provavelmente alguma vez você já ouviu falar sobre o Bisfenol A, também conhecido como BPA, que é um composto usado na produção de policarbonato, o qual está presente na maioria dos plásticos rígidos e transparentes, também é utilizado na produção da resina epóxi, que faz parte do revestimento interno de latas que acondicionam bebidas e alimentos.

Estudos mostram que o BPA afeta os receptores celulares no organismo, comportando-se similarmente aos hormônios, afetando negativamente a saúde do indivíduo. Essa substância desequilibra o sistema hormonal, podendo causar problemas como aborto, tumores e anomalias no sistema reprodutor, câncer de mama e de próstata, diminuição da qualidade e quantidade de esperma, obesidade, diabetes, doenças cardíacas, hiperatividade, déficit de atenção e memória, problemas visuais e motores.

O BPA era utilizado na produção de garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês e produtos de plástico variados, no entanto, alguns países, inclusive o Brasil, optaram por proibir a importação e fabricação de mamadeiras e outros utensílios destinados a bebês que contenham essa substância, devido à maior exposição e susceptibilidade dos usuários deste produto. Esta proibição está vigente desde janeiro de 2012 e foi feita por meio da Resolução RDC n. 41/2011.

Para as demais aplicações, o BPA ainda é permitido, mas a legislação estabelece um limite máximo de migração específica desta substância para o alimento, o que foi definido com base em resultados de estudos toxicológicos. Os produtos que não possuem BPA em sua composição recebem o selo BPA free.

BPA é liberado gradualmente do plástico com o passar do tempo, porém o aquecimento, resfriamento ou contato com algum alimento de pH ácido acelera a liberação deste composto, que passa para o alimento e entra em nosso corpo. Por isso, sempre que possível, tente evitar o uso de plástico de forma geral, optando pelo vidro, porcelana ou aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos, pois muitas vezes, mesmo o BPA não sendo utilizado, pode-se encontrar compostos análogos, como o bisfenol S e o bisfenol F, que podem ser tão tóxicos quanto o “A”.

Em caso de utilização de recipientes de plástico, nunca use os marcados com o número de reciclagem 3 ou 7 (essa numeração é exibida no fundo do recipiente, dentro do triângulo símbolo de reciclagem), pois significa que muito provavelmente tem bisfenol A.

Certifique-se de descartar utensílios de plástico quebrados ou arranhados e de lavar os recipientes plásticos com detergente neutro, evitando o uso de esponjas de aço ou máquina de lavar louças. Evite, ainda, consumir alimentos e bebidas enlatadas, onde o bisfenol é usado como resina epóxi no revestimento interno.

Assim como em tudo quando se trata de alimentação, a escolha dos materiais das embalagens a serem usadas para armazenamento de alimentos deve ser feita com muito cuidado, a fim de evitar prejuízos para a nossa saúde, visto que a exposição recorrente a alguns compostos pode proporcionar problemas a longo prazo.

Fonte: Mais Minas
Fonte: Portalr2s.com.br