Nos últimos dois anos, a pandemia de Covid-19 provocou uma mudança mundial nos hábitos de consumo. Muitas famílias começaram a preparar as próprias refeições em casa e passaram a comprar mais alimentos prontos para o consumo, outras adquiriram o costume de utilizar o serviço de delivery.
Essas práticas impactaram o varejo, que se viu obrigado a se adaptar, rapidamente, para atender a este novo, e crescente, mercado. No Brasil, o setor precisou implementar uma reestruturação profunda para se ajustar a essa nova realidade.
O aumento do consumo e a necessidade de mudanças foram mais sentidos por alguns segmentos. Este é o caso dos processadores de carne de frango, que, por ser uma proteína muito versátil e mais acessível que as demais, vem registrando aumento de consumo tanto no mercado interno quanto para as exportações.
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) estima que, em 2022, o consumo per capita de carne de frango será, em média, de 47,5 quilos, 5,5% a mais que a média registrada em 2021, que foi de 46 quilos.
As vendas de carne de frango brasileira para o mercado externo totalizaram 4,6 milhões de toneladas em 2021, maior volume já registrado pelo setor em um único ano, de acordo com dados da ABPA. Segundo o levantamento, que considera os produtos in natura e processados, o número superou em 9% o total exportado pelo Brasil em 2020, quando foram vendidas 4,23 milhões de toneladas.
Para atender a esse contingente e os novos hábitos do consumidor, cada vez mais exigente, a cadeia de produção de frango tem sido impulsionada a buscar novas estratégias.
Isso está provocando uma corrida por tecnologias que possam aumentar a produtividade e o rendimento das linhas de produção de derivados do frango, especialmente em setores que atualmente demandam muita mão de obra. Nesta situação, estão as linhas de classificação e formação de porções de cortes de frango, onde há necessidade de separação por faixas de peso para constituir lotes de peso fixo em bandejas ou pacotes.
As tecnologias de classificadoras de última geração, precisas e velozes, têm conseguido aumentar a capacidade destas linhas de forma sustentável e modular. Também têm contribuído para diminuir os erros humanos de pesagem, fornecendo embalagens com peso mais preciso. Além de assegurar sobrepeso mínimo, criam lotes de forma a obter o maior aproveitamento da matéria-prima.
Neste cenário competitivo, o desenvolvimento destas tecnologias têm contribuído para que as indústrias possam realizar seus investimentos em inovação e automação com segurança, na certeza de que terão retorno em curto prazo.
Os processadores de alimentos que apostam nestas inovações estão, certamente, preparados para conquistar o futuro.
Fonte: Marcel Sudati Silva é especialista de produto para a linha de equipamentos de pesagem, classificação e formação de lotes da Marel.