Em meio à crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, um setor foi impulsionado: o dos animais de estimação. O mercado pet deve ter alta de 6% neste ano, o dobro do registrado em 2019, segundo o Instituto Pet Brasil. Isso representa um faturamento de R$ 37,5 bilhões. Entre os itens que puxaram a alta do mercado estão rações, produtos veterinários e de higiene e bem estar. O presidente do instituto, Nelo Marraccini, explica que houve um boom de compras e de adoções de animais durante a quarentena. “Foi se estabelecendo home office, foi se estabelecendo o isolamento das pessoas e aí as pessoas foram ficando solitárias, foram começando a conviver consigo mesma. As pessoas começaram a procurar uma alternativa, e nada como um pet.”
Em um prédio no Ipiranga, na zona Sul de São Paulo, pelo menos cinco animais de estimação foram adotados durante o período da quarentena. Um deles é a cachorra Diana. Ela foi adotada pela analista de qualidade Cintia Bertoluci, que estava passando por um período de luto depois de ter perdido uma vira-lata em julho do ano passado. “A gente sempre teve cachorro, então fazia falta e com a pandemia a gente sentiu mais a falta e, não substitui a outra, mas damos a chance de outro animal viver uma vida feliz com uma família.”
O jornalista Ricardo Rossetto sempre quis ter um animal de estimação, mas tinha receio de não conseguir dar atenção a ele por causa da rotina. “A gente sempre quis ter, mas sempre ficava pensando como seria quando não estivéssemos em casa. Com a pandemia mudou tudo, eu estou trabalhando em home office desde 17 de março”, afirma. O Brasil é o terceiro país no ranking do mercado pet, à frente do Reino Unido e atrás apenas dos Estados Unidos e da China.