A produção de comida PET tem se mostrado um terreno fértil para quem deseja investir, pois dados da Revista Exame apontam que o mercado PET faturou cerca de $20 Bilhões em 2020.
Embora o processo de fabricação tenha lá seus desafios, a ascensão desse mercado certamente chama a atenção. Hoje nós apresentaremos tudo o que você precisa saber para produzir esse produto.
A título de curiosidade, saiba que todas as informações presentes neste artigo estão em concordância com as normas e regulamentações estabelecidas pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), órgão responsável pela produção de ração para animais.
Como está o mercado de fabricação de comida PET?
Ótimas notícias para quem deseja investir em fabricação de comida PET. Dados do IBGE mostram que existem mais de 132 milhões de animais de estimação no país.
E junto com eles estão os donos desejando comprar produtos de qualidade para os PETs.– ou tutores, como muitos gostam de ser chamados, já que os pets estão perdendo o status de posse e se tornando membros legítimos de uma casa.
E aí está outra notícia incrível sobre o mercado de fabricação de comida PET, os donos já não são mais donos. A mudança na terminologia – de dono para tutor – muda a abordagem das pessoas em relação aos animais e também em relação às marcas.
Hoje, um tutor ou tutora quer encontrar aquela marca que esteja alinhada com os novos costumes adotados.
Sendo assim, a empresa que desenvolver alimentação PET de qualidade e souber colocar esse espírito companheiro em seus produtos, encontrará um mercado vasto. Estima-se que esse mercado tenha um faturamento de R$ 20 bilhões em 2020.
Como é o processo de fabricação de comida PET de um modo geral?
No processo de fabricação da comida PET a maioria dos ingredientes já vem seco. Então, tudo que é utilizado na fabricação de ração extrusada tem umidade abaixo dos 10%.
Na fabricação de comida PET é feita a mistura dos ingredientes e a moagem (explicaremos em detalhes adiante) para que as partículas fiquem homogêneas.
Depois, a mistura de ingredientes vai para a máquina extrusora, que irá garantir que ela fique digestiva. A extrusora também é responsável por eliminar possíveis elementos de contaminação da mistura.
Como o material inserido na extrusora está seco, o processo de extrusão precisa da aplicação de vapor. A mistura então chegará a ter de 18% a 22% de umidade.
No final a extrusora também terá um molde com o tamanho das rações. Trata-se de um disco que cortará a massa nas quantidades desejadas e dos tamanhos apropriados.
Principais detalhes do processo de fabricação da comida PET
Quando falamos em detalhes, nos referimos à qualidade intrínseca da ração. Essa pode se dividir em duas dimensões: qualidade nutricional/fisiológica e sanitária.
O que é qualidade fisiológica (ou nutricional)?
A qualidade nutricional/fisiológica da comida PET trata dos níveis nutricionais para cada fase de vida do animal. Eles são alcançados por meio da dosagem adequada dos ingredientes. Lembrando que a mistura precisa garantir homogeneização dos ingredientes.
Também existe o fator da granulometria adequada ao aparelho digestivo de cada espécie. Se estivéssemos falando dos suínos, por exemplo, seria usada uma granulometria mais fina.
O que é a qualidade sanitária?
Como você pode imaginar, a qualidade sanitária fala das condições mínimas necessárias para que a comida PET possa ser vendida.
Em geral, nenhuma ração poderá conter qualquer resquício de atividade orgânica, como a presença de fungos ou bactérias.
Lembrando que a máquina extrusora é uma das responsáveis pela limpeza do material que depois irá se tornar o alimento do nosso amigo PET.
Saiba outras formas de assegurar essa qualidade, evitando contaminações em sua produção!
Quais são os principais ingredientes da alimentação PET?
Quando você entra na loja para comprar ração para o seu animalzinho, certamente nota como há uma infinidade de opções e tipos. São rações ditas “naturais” ou então opções “Premium”.
Para eliminar a confusão por trás de cada terminologia, vamos explicar algumas delas.
Rações premium e super premium
Na comida PET é importante que todos os ingredientes tenham níveis balanceados exatos. Garantindo, principalmente, os níveis de proteína. Rações Premium e Super Premium são feitas com farinha de vísceras. Um ingrediente rico em proteínas.
As normas da Anvisa dizem que para fazer essa farinha podem ser usados desde tripas até o pulmão de boi.
Tipo Standard
O principal ingrediente nas rações do tipo standard é a farinha de ossos. Ela é feita a partir da carcaça de bovinos. Passa por um processo de secagem e de moagem antes de tornar-se uma ração propriamente dita.
Por que ela é apenas standard? Aí está um dos segredos na nomenclatura. Apesar de nutritiva e garantir a qualidade da alimentação, esse alimento tem uma absorção menor. O que significa que o cachorro precisará comer mais para ficar saciado.
Milho integral moído também pode ser usado na comida PET?
O milho integral está presente tanto nas rações standard quanto nas super premium. Ele é excelente fonte de carboidratos, bastante rico em fibras, o que é benéfico para a saúde do cachorro.
O milho também tem uma função na estrutura dos grãos da ração. Ele mantém a forma durinha, garantindo que o cachorro tenha uma boa dentição.
Outros ingredientes presentes nas rações
Há ainda mais ingredientes que estão presentes na comida PET, seja em forma de adicional de sabor, ou então como componente estrutural. Vejamos mais alguns deles:
-Quirera de arroz – rico tanto em proteínas e carboidratos, possui fibras que ajudam a digestão do pet. Presente na ração premium e super premium, auxilia na hora de manter o cocô do pet mais durinho e compacto.
-Óleo de peixe – encontrado em rações do tipo premium e super premium, o óleo de peixe é rico em gorduras, como EPA e DHA. Por isso, reduz as inflamações no organismo. Ajuda inclusive na prevenção de problemas cardíacos, de pele e articulares.
Como funciona o processo de extrusão?
Para formar a ração como você a conhece, existe o processo chamado extrusão.
Para isso, a maior parte dos ingredientes passa por uma secagem prévia. Depois, eles são misturados de acordo com as quantidades pré-estabelecidas e passam por um processo de moagem.
Com as partículas homogêneas, a mistura é levada para uma máquina extrusora. Lá os alimentos recebem água e vapor, passando por altas doses de pressão e temperatura.
O objetivo é cozinhar todos os ingredientes, evitando que qualquer parte da massa fique crua. Essa etapa mata todos os micróbios e mantém a massa firme para a última etapa. Finalmente, a massa da alimentação PET passará pelos buraquinhos ganhando o formato definitivo.
E tem mais, o formato da ração é selecionado de acordo com cada tipo de cachorro. Garantindo que ele tenha conforto e segurança para se alimentar.
Gostou de saber mais sobre a produção da comida PET? Caso tenha ficado com alguma dúvida ou queira saber mais a respeito, aproveite para entrar em contato agora mesmo! O GEPEA tem muito mais para te oferecer.
fonte: GEPEA, escrita por Giovani Bachegga