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03/08/2021
Imagem: Pressmaster, de envatoelements Imagem: Pressmaster, de envatoelements

Assim como nos humanos, a diabetes é uma doença muito comum e perigosa para os pets. A doença nos bichinhos é semelhante com a dos humanos, e o animal também passa a parar de produzir insulina ou produz uma quantidade insuficiente para o organismo. Logo, ele pode ficar suscetível a outros quadros e complicações, como obesidade, cegueira e insuficiência renal.

A doença acaba deixando os cães e gatos sem energia e com excesso de açúcar no sangue. Os sinais mais comuns da doença é excesso de urina; o animal também passa a beber mais água que o normal e apresenta fadiga nas atividades diárias do dia a dia. E por isso, a alimentação é um dos pontos principais para tratar o animal e proporcionar a ele uma vida mais saudável.

Pensando nisso, o Metrópoles teve um bate-papo com a médico veterinário especialista em alimentação da PremieRpet, Flávio Silva, para saber como deve ser a alimentação do pet com diabetes. Confira:

1. Como deve ser a alimentação dos pets com diabetes?
Flávio aponta que a alimentação de animais com diabetes deve ser prescrita e acompanhada por um médico veterinário. De acordo com o especialista, existem alimentos específicos para auxiliar no tratamento da doença, e de modo geral, eles devem conter bastante fibra, proteína, moderada quantidade de amido e baixa quantidade de gordura.

“A alimentação do pet com diabetes é encarada como um desafio, pois ela deve conter quantidades de nutrientes específicos para o melhor controle da glicemia (açúcar no sangue) possível. Além disso, a disciplina do tutor deve ser extrema, pois o pet dependerá de ser alimentado em horários específicos, assim como a administração da insulina. E a alimentação deve ser acompanhada por um profissional”, orienta.

2. Existem rações específicas para pets com diabetes?
“Sim, a diabetes é uma doença que exige um suporte nutricional específico, por meio de alimentos coadjuvantes, que visam auxiliar no tratamento da doença. Com uma alimentação específica é possível evitar oscilações nos níveis de açúcar no sangue, manter o peso e condição corporal ideais e oferecer a quantidade adequada de calorias ao animal”, afirma.

3. A diabetes é um problema exclusivo de pets com obesidade?
“Não. Pets não obesos também podem ter diabetes. A obesidade é apenas um dos fatores que podem favorecer o desenvolvimento da doença nos gatos, por exemplo. Mas no geral o tutor não deve levar a obesidade como um fator determinante para saber se o animal tem diabetes ou não”, alerta.

4. Eles devem comer menos e beber mais água?
O especialista afirma que animais com diabetes normalmente possuem muita fome, mas quando se inicia o tratamento, a quantidade de alimentos não deve ser a mais, nem a menos. De acordo com Flávio, as porções de ração ao longo do dia podem depender de alguns fatores, como por exemplo a quantidade de gordura do pet, e das oscilações de glicemia que o animal pode ter, por isso ele alerta que a alimentação não deve ser feita sem o auxílio de um profissional.

"Os animais tendem sim a beber muito mais água quando são diabéticos, mas com o controle do açúcar no sangue, esses sintomas melhoram e eles voltam a ingerir água normalmente. No entanto, é importante que o tutor deixe sempre água fresca disponível”.

5. Como os pets desenvolvem a diabetes? Tem alguma maneira de evitar o quadro?
O especialista afirma que a diabetes pode ser causada por vários fatores, como, por exemplo, problemas no pâncreas ou até mesmo por uma predisposição genética. Em gatos, o principal fator é a obesidade. Quando o gato está obeso e com diabetes, a diminuição do peso e o controle com insulina faz com que haja remissão da doença e o gato não apresente mais a enfermidade.

“Em caso de predisposições genéticas ou complicações pré-existentes, não é possível evitar o quadro e é imprescindível que o animal faça um tratamento com indicação e acompanhamento de um médico veterinário. No entanto, quando falamos de gatos, é possível prevenir a doença por meio de um estilo de vida saudável, que priorize uma alimentação completa, balanceada e rica em nutrientes de alta qualidade”, finaliza.

fonte: Metrópoles, escrita por Zilá Motta