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O mercado de ingredientes para nutrição animal passa por um momento bem atípico no qual o preço dos ingredientes tradicionais está expressivamente inflacionado. Isso advém de vários motivos, dentre os quais o que melhor explica
é a concorrência com a alimentação humana e mercado exportador. Em razão disso, a atenção se volta para as fontes protéicas consideradas como alternativas. Em algumas situações essas fontes também são regionais, ou seja, só estão disponíveis em volume em certos locais. Essa condição por si só é capaz de determinar seu emprego em rações processadas, devido a análise de logística.


No entanto, para algumas espécies de peixes o uso dessas fontes alternativas é mais limitado, pois prejudica o desempenho e a qualidade de carcaça dos mesmos. Por isso, os estudos avançam para estratégias de sl.l'.)lementação e balanceamento por meio de aminoácidos sintéticos ou mesmo da conjugação de várias fontes diferentes (proteína ideal e farinhas análogas à de peixe).

Desbalanço de aas x doenças x CR $ 

A proteína é o principal componerte visceral e estrutural do organismo animal sendo recessário seu continuo sl.l'.)rimerto alimentar para atender às exigências de manutenção e produ;ão (Furuya & Fu-uya, 2004).


"Tem-se descrito a npátese de que os peixes consomem até que as exigências de energia estejam satisfeitas (Bromley, 1980). Entretanto,é importante que a relação energia/proteína da ração seja adequada Em rações com excesso de energia, os peixes podem parar de cor5umir antes que quantidade suficiente de proteína e outros m.triertes sejam ingeridos (Cotin et al., 1993). Por outro lado, no caso de excesso de proteína em relação a energia.os aminoácidos da ração serão utilizados como fonte de energia ou para deposição de gordura corporaLAdicionalmerte, esse desbalanço proporciona aumento na excreção de nitrogênio, um composto de elevado p<Xencial poluente (Kaushik & Oliva-Teles, 1986). Peixes atimertados com rações contendo níveis protéicos que excedem as exigências, apresentam gasto energético extra para eliminação dos aminoácidos, uma vez que au-nerta consideravelmente o destino gticoneogênico dos mesmos, o que eleva as atividades das enzimas i mpticadas, o que não é desejável tanto do ponto de vista dos índices de conversão e de retorno econômico (Jobting,1993).
A determinação da relação energia/proteína adequada tem sido irwestigada para diversas espécies, sendo que os valores entre 90 a 120 kcal de energia digestível para cada 1 % de proteína digestível têm sido recomendados para tilápias.Para espécies carrivoras, a exigência de proteína está estreitamente relacionada com a adequada inclusão de lip/deos como forte de energia. No entanto, o au-nerto de lipídios em dietas para tilápias não tem possibilitado a redu;ão de proteína da mesma forma como ocorre em peixes carnívoros: Fonte (texto extraído de publicação" Nutrição Protéica e Exigências de Aminoácidos para nlápias" de Wilson Massamitu Fu-uya & Valéria Rossetto Barriviera Furuya


Sendo assim.os perfis,a biodisponibitidade dos aminoácidos essenciais e não essenciais e a relação energia/proteína que compõem cada um desses alimentos devem ser avaliados criteriosamente, principalmerte Usina, metionina, treonina e triptofano,cor5iderados os mais limitantes em rações para peixes.As tilápias, por exemplo.exigem os dez aminoácidos essenciais na dieta: Arginina, fenilalanina, histidina, isoleucina, leucina,lisina, metionina,treonina,triptofanoe vatina.A Usina e a metionina, geralmente, são os aminoácidos dietéticos mais Umitartes. 

Em razão disso.a farinha de peixe tem sido utilizada como fonte padrão de proteína dessas rações, em função do elevado teor de proteína com bom balanço de aminoácidos,sendo também alimento palatável com quantidades adequadas de energia.ácidos graxos essenciais, minerais e vitaminas.Porém.em face do elevado custo da farinha de peixe no mercado brasileiro, farinhas de carne evisceras,bem como a soja e derivados vem sendo l.tilizados para substituir parcial ou totalmente a farinha de peixe em rações comerciais para espécies onívoras.
O esquema a segLir ilustra os fatores mais importantes na hora da formulação de rações comerciais, e reste exemplo a variação ao longo de 2020 está sendo um fator de redu;ão de rentabilidade da atividade, em razão dos preços dos produtos finais.

Como já comentado na introdução dessa matéria,o momento atípico da economia (pandemia) associado à queda de produção de grãos por alguns países populosos estão tornando as fontes de proteína vegetal muito onerosas e menos acessíveis. 

Pesquisas recentes têm evidenciado a importância da utilização de aminoácidos industriais em rações para tilápias, quando as fontes alternativas de proteína são utilizadas em substituição à farinha de peixe.
Fontes alternativas de proteínas (aminoácidos) para peixes:

1- DDG e DDgs,grãos secos de destililaria ou ainda resíduo de destilaria de produção de álcool à partir do milho;
2- Farelo de glúten de milho 60;
3- Farinha de vísceras de frango;
4- Farinhas de insetos;
5- Macrótitas aquáticas secas;
6- Levedura de cana ou resíduo de produção de álcool à partir da cana de açúcar;
7- Resíduos secos de cervejaria.


O uso simultâneo de vários ingredientes (fontes) pode alcançar o melhor balanço de aminoácidos na dieta.
Em muitas situações, é necessária a suplementação múltipla de aminoácidos para maximizar a utilização da proteína, de forma a manter a taxa contínua de absorção para evitar o desbalanceamento dos aminoácidos. Para adequada suplementação de aminoácidos.é necessário o conhecimento das exigências, bem como da digestibilidade dos aminoácidos dos alimentos utilizados. Nesse sentido, tem-se como proteína ideal (exigência) para tilápias os níveis de aminoácidos abaixo: 

Quando se deseja reduzir o nível de proteína da ração, há a necessidade de avaliar, também, os níveis dos demais aminoácidos essenciais,além da lisina, metionina, treonina, 

À medida que são reduzidos os teores de proteína e o número de alimentos que compõem as rações para tilápias, aumenta a importância dos aminoácidos industriais. Os resultados obtidos com aminoácidos industriais em rações para a tilápia-do-nilo parecem estar diretamente relacionados com o nível de energia e proteína, fonte proteica utilizada e balanceamento de aminoácidos das rações.


Em conclusão, devemos avaliar com muito critério o objetivo e o custo x benefício de uso dos ingredientes, sejam eles tradicionais ou alternativos. Além disso, buscar todas informações pertinentes a espécie e categoria para a qual se pretende formular, a fim
de manter a qualidade dos produtos ao consumidor, garantir rentabilidade satisfatórias aos criatórios e permitir sustentabilidade ecológica no processo produtivo.