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06/05/2020
Imagem: Banco de Imagens Imagem: Banco de Imagens

A quarentena do mês se prolongou maio adentro e agora nós, mães, nos perguntamos se os meses de inverno estarão condenados a ser passados em casa trancadas com os filhos. Para quem resistiu heroicamente à demanda cada dia mais insistente  - mãe, eu quero um mascote! -, as desculpas de que as aulas já vão voltar estão se tornando cada dia mais infundadas.

E para quem já estava pensando mesmo em levar um animalzinho para casa, aqui seguem algumas dicas para você ir pensando, dentre outras coisas, se realmente adotar um bichinho para os filhos é o mais sensato a fazer em tempos de pandemia.

É para a vida toda
Cachorro e gato são criaturas vivas e não servem apenas para entretenimento dos filhos que estão sem muita opção de lazer. Passada a quarentena, você segue com um animalzinho dentro de casa. Aliás, desde já ele pode exigir, se for um cachorro, passeios higiênicos, aqueles necessários para fazer cocô e xixi fora de casa. E aí, preparados para sair de casa no meio do inverno para atender a esta finalidade?

Lição de solidariedade
Sem dúvida alguma que é uma bela lição de solidariedade recolher uma criatura que passa fome e frio para o aconchego de um lar. Mas cachorro ou gato? Antes de decidir qual animal você vai levar para casa, mostre aos seus filhos o que cada espécie exige em sua rotina e se eles estão dispostos a fazer parte desse compromisso. Estude um pouco mais sobre cães e gatos, se você não teve contato prévio com nenhum deles.

Estabelecendo regras
Uma vez escolhida a espécie, coloque no papel o que pode e o que não pode entrar na sua casa. Filho alérgico a pelos? Procure animal de pelo curto. Apartamento pequeno? Nem pense em animal grande. Que tipo se enquadra melhor no perfil da família, animal agitado ou aqueles mais calminhos? Macho ou fêmea?

Namoro via site
Uma maneira de ter acesso a animais abandonados é procurar por sites de adoção em sua região. Os voluntários procuram colocar fotografias dos bichinhos que estão à espera de um lar.  Nem sempre é tarefa fácil optar por um, por isso um namorico pela internet pode levar alguns dias. E assim você vai definindo os finalistas conforme avalia gênero, altura e pelagem.

A visita
Não fique desapontado se, ao visitar os finalistas, vocês não encontrarem o que estavam esperando. Uma vez no abrigo, às vezes você até finca o olho em um animal que não estava no site. Saiba ainda que visita não quer dizer obrigatoriamente levar o animal para casa. Dê tempo às sensações, às emoções que um pet traz.  Visite, olhe, pergunte aos cuidadores sobre o comportamento dos bichinhos que você vem monitorando.

A seguir mais dicas que podem ser úteis na hora da seleção:

Olhar
Quando bate não tem mais jeito. Pode ser velho, sem um olho ou torto das patas. Quando a gente diz "é ele", parabéns! Você já escolheu seu pet. Mas tem mais elementos a serem considerados.

Temperamento
O jeito do seu pet pode ser algo difícil de se prever, mas existem alguns indicativos que mostram isso. Pergunte a quem está familiarizado com esse animal se ele costuma latir, abanar o rabo, subir nas pessoas com as patas ou se é daqueles que fica sentadinho vendo a vida passar. Bichinhos mais dóceis e pouco agitados costumam caminhar pouco, balançam o rabo mais lentamente (não no 220V) e não tiram os olhos de você. Têm um olhar sereno e costumam levar as orelhas para trás. Já aqueles que têm pilha extra latem, colocam as patas no muro ou no portão do abrigo, giram o rabo como um ventilador e  aceleram a respiração. Esse pet é entretenimento garantido enquanto o outro é companhia.

Altura do pelo
Pelo alto acumula ácaros e exige escovação, o que é uma verdadeira terapia para muita gente. Mas em dias de chuva prepare o nariz que seu pet pode ter o famoso cheiro de cachorro molhado.  Os cães de pelo curto não têm esse problema, mas podem soltar pelos. Faça o teste da mão molhada. Coloque as mãos debaixo de uma torneira e depois passe  no lombo do candidato. Se ficarem cobertas por pelos, já sabe qual o tipo dele.

Gênero
Macho ou fêmea? Para escolher o cachorro para adotar, tenha em mente que o macho pode ter a mania de marcar território e urinar em determinados pontos de sua casa. Mas também existem machos que não fazem isso e esperam  o momento de ir  para rua ou urinam no lugar escolhido pelo tutor para ser o banheiro. Embora fêmeas façam xixi agachadas, elas também podem ter forte o instinto de marcação e carimbar seu carpete. Só levando para casa para saber, mas via de regra fêmeas fazem xixi no jornal que se põe para essa finalidade na área de serviço ou na cozinha. Por outro lado, se ela não for castrada, você terá de suportar o cio, um sangramento de leve a moderado, duas vezes ao ano, durante 10 dias.

Saúde
Não é comum, mas tem gente que prefere levar para casa aquele cachorro cheio de problemas. Cego, sem uma pata, entre outras coisas - aqueles que são recolhidos por quem realmente gosta de tratar de criaturas que necessitem de ajuda. Mas prepare o bolso. Alguns podem precisar de cirurgia porque a idade agrava as limitações físicas. O mesmo ocorre com medicamentos. Contudo, adotar cachorro velho pode ter suas vantagens, porque os animais costumam ser tranquilos e extremamente gratos por estar em uma casa longe daquele agito do abrigo.

Se você prefere um animal saudável, verifique o brilho de seus olhos e do pelo e observe se caminha sem claudicar. O fato de ele estar magro pode indicar desnutrição ou verminose, mas são relativamente fáceis de resolver. Cabe lembrar que esses animais já passaram por muita coisa. E se sobreviveram a essas condições, você acaba de receber o maior atestado resistência a doenças que eles poderiam fornecer.

Ajudou?
E ainda tem a adaptação. Alguns abrigos até preveem esse período. Depois de tudo isso, em três semanas talvez você descubra que o perfil não era bem aquele. Não tenha vergonha de levá-lo de volta, faz parte dos acontecimentos. Assim, você dá a ele a chance de ser escolhido por outra pessoa, enquanto você também se empolga e coloca para dentro de casa o animal mais adaptado ao seu estilo de vida.

fonte: Gaucha ZH, escrita por Daisy Vivian