nformação faz parte dos dados disponibilizados no Anuário Peixe BR de Piscicultura, edição 2022
Ao reunir dados estatísticos, mostrar desafios e oportunidades, assim como expectar movimentos importantes para um novo ano, Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) lança sexta edição de anuário. Ação ocorreu nesta terça-feira (22), de modo on-line.
Durante encontro, o presidente executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros, analisou o desempenho do setor ao longo de 2021. Segundo ele, e como consta no ‘Anuário Peixe BR de Piscicultura 2022’, País produziu 841.005 toneladas de peixes de cultivo, um crescimento produtivo de 4,7%, quando comparado com 2020 (802.930 t).
“São números significativos de um período que tivemos bons e maus momentos. Pudemos constatar uma curva de crescimento nos últimos anos – de 2014 para 2021 –, em relação a produção nacional, de 47%”, destacou Medeiros.
Perante a tilápia, um dos carros-chefes do setor, foram produzidas ao longo do ano 534.005 toneladas, crescimento de 9,8% sobre o ano anterior (486.255t). Como também ressaltou o presidente, apenas a espécie foi responsável por 63,5% da produção de peixes de cultivo no Brasil.
Já os peixes nativos, liderados pelo tambaqui, foram responsáveis por 31,2% da produção nacional, com 262.370 toneladas. Contudo, contrariando o movimento de ascensão, o montante foi 5,85% inferior ao obtido em 2020 (278.671 t). A queda está atrelada a diferentes fatores, como regularização ambiental nos Estados produtores, necessidade de investimentos na infraestrutura de processamento e de insumos e dificuldades de comercialização impostas pela pandemia.
Exportação verde e amarela
Para o superintendente comercial da Copacol, Valdemir Paulino dos Santos, ao analisar o desempenho do setor dentro e fora do mercado interno, as exportações de pescados mostram bom desempenho.
“Ao comparar com o primeiro semestre do ano passado, devemos crescer algo próximo de 100%, isso pelos números apresentados em janeiro e pelo que vem se desenhando em fevereiro”, comemora ao afirmar que, quando “crescem as exportações, ocorre um equilíbrio maior na oferta dentro do mercado doméstico”.
Para ele, essa mudança reforça um exercício de suma importância para a piscicultura brasileira: ser mais competitiva frente às demais proteínas. “Todos nós sabemos que o desembolso para o pescado no Brasil é muito alto. Por isso, para que o produto seja mais consumido, não só pela classe A e B, possibilitando um crescimento de mais de dois dígitos ao ano, é preciso tornar a proteína mais competitiva”, pontuou.
Fonte: Feedfood.com.br