• Telefone: +55 16 3934-1055 / +55 16 3615 0055
  • E-mail: ferraz02@ferrazmaquinas.com.br
30/08/2022

Instituto de Pesca analisa viabilidade técnica e econômica para a iniciativa de alta estocagem

Em prol de um mercado mais robusto, ampliando produção e estocagem, pesquisador do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP), em conjunto com a iniciativa privada, estuda a possibilidade de produzir camarão marinho no interior do Estado.

Segundo o Instituto, o objetivo do estudo, que já rendeu quase uma tonelada de camarões, é verificar a viabilidade financeira da atividade e responder a importante questão: “como produzir nessas condições e ganhar dinheiro, entregando produto de alta qualidade para os consumidores?”

Segundo o pesquisador do IP e responsável pelo projeto, Fabio Sussel, a produção de camarão em água salinizada (salgada com os mesmos sais que contém a água do mar) já é uma realidade em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Neste caso, a novidade e o desafio estão atrelados a alta estocagem.

“A tecnologia para produção de camarão nessas condições já é conhecida. Porém, hoje, nos locais em que se produzem dessa forma, são criados 50 camarões por metro cúbico de água. Neste projeto estamos tentando viabilizar a produção de 300 camarões por metro cúbico de água, o que renderia o total de três quilos de camarão por m³”, conta o pesquisador.

Os estudos realizados pelo IP em Jaguariúna, em um local com capacidade de até 200 mil camarões por ciclo de 90 dias, foram iniciados em janeiro deste ano. Sussel explica que até o momento, o grupo tem tido bons resultados, conseguindo superar os desafios de ‘criar água’.

Para alcançar os primeiros resultados, se fez necessário o uso de decantadores de sólidos e biofiltro, onde por meio de grande concentração de bactérias benéficas, as quais quebram as moléculas de amônia e de nitrito, formadas a partir da ração disponibilizada para os camarões. “Essas substâncias são tóxicas para os camarões. Através da tecnologia que estamos adaptando para as condições do interior paulista, temos transformado essas moléculas em nitrato, dando condição ideal de qualidade água para a produção dos crustáceos”, explica o pesquisador.

Fonte: IP-APTA, adaptado pela equipe Feed&Food.