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Atualmente, a maioria das empresas fabricantes de ração animal adicionam os micro nutrientes à formulação manualmente, mas nos últimos anos tem-se aumentado a consulta de empresas principalmente das áreas de produção de ração farelada e peletizada para poder trabalhar com o sistema automático para este processo.

A razão disso é que funcionários e pessoas, de modo geral, são passiveis de erros, sejam eles intencionais, emocionais ou ocasionados por descuido. Atualmente, dependendo do tipo de ração que estamos produzindo, temos misturas com valor mínimo de R$ 15,00/Kg ou podemos comprar vários micros nutrientes por valores mais baixos e fazer nossa própria mescla.  A automatização do sistema faz com que a dosagem seja extra para cada batelada e ao fim do dia um relatório pode ser gerado diretamente pelo PCP ou pelo setor de compras para comparar o estoque físico com o que está lançado no sistema.

Alguns exemplos de micro nutrientes utilizados em rações para bovinos, aves, caprinos e em composição de sais minerais são: iodato de cálcio, monensina, óxido de magnésio, selenito de sódio, sulfato de cobalto, sulfato de cobre, enxofre e caulim.

Exemplo de formulação de sal mineral para recria:

 

O sistema de dosagem de premix facilita e maximiza a precisão na pesagem dos ingredientes mais caros no processamento de ração animal. Com esse sistema, a empresa consegue garantir que a ração que ela produz vai ter exatamente 100% do que está declarado na embalagem.

Para montar um sistema de micro dosagem primeiro é necessário entrar em contato com o seu Veterinário/Nutricionista/Zootécnico e saber quais ou qual tipo de premix ou micro nutrientes estão sendo usados na produção da fábrica. De acordo com essa informação será possível saber a quantidade de micro silos que serão necessários para armazenar e fazer a dosagem desses ingredientes.

O sistema de micro dosagem funciona igual ao sistema de macros, a diferença é que aqui se trabalha com silos de menor capacidade de armazenamento e, como estamos trabalhando com produtos corrosivos, todos eles são produzidos em aço inoxidável o que torna o investimento um pouco mais elevado.

Vantagens do sistema de micro dosagem Ferraz:

  • Todas as peças que entram em contato com o produto são feitas em aço inoxidável, aumentando assim a durabilidade do conjunto.
  • O sistema de microdosagem reduz a um mínimo as adições manuais que consomem tempo. Com isso, o risco de erro, carga de trabalho e perda de material devido a esvaziamento incompleto diminuem significativamente.
  • Permite total liberdade na formulação do premix, ao contrário do premix comprado pronto, cuja formulação é pré-determinada pela empresa fabricante. O número e tamanho dos silos são determinados a partir da necessidade de cada cliente. O uso de matérias primas específicas ou com qualidade variável pode implicar na necessidade de particularidades relativas à formulação dos premixes, como por exemplo, enzimas, antioxidantes, promotores de crescimento entre outros, levando em consideração também variações na concentração do mineral alvo e na biodisponibilidade.

 

Exemplos de sistemas de micro dosagem já fornecidos:

 

 

 

Componentes de um sistema de micro dosagem:

Rosca com moega:

Essa moega serve para descarregar o premix o qual o cliente irá receber o produto via sacos de aproximadamente 12 Kg a 15 Kg. Despejando o produto na moega, ela irá alimentar um elevador de canecas ou um sistema de sucção pneumática.

Elevador de canecas:

Como se trata de uma alimentação esporádica e o mesmo não pode ser feito às pressas por gerar pó no ambiente, o recomendado é que seja um elevador de pequeno porte aproximadamente 4” ou 6” cuja capacidade de transporte é de 3,5 m³/h.

Transportador de arraste:

 No ponto mais alto antes dos silos, o premix será recepcionado por um ciclone no caso da sucção ou será descarregado diretamente em um transportador de arraste. O ideal seria um Drag por ser de fundo redondo e auto limpante, visto que, no caso de redler, por ter os cantos fabricados com ângulos de 90º, podem gerar acúmulo de produto. Uma rosca também pode ser utilizada, mas sempre tomando as devidas precauções quanto à limpeza dos equipamentos. A utilização da rosca ainda é útil caso se tenha uma grande quantidade de silos e seja necessário alimentar dois outros transportadores. Nesse caso utiliza-se uma rosca direito-esquerda, ou seja, ela gira nos dois sentidos.

Silos de armazenamento:

Os silos de premix são diferentes dos que vimos no sistema de dosagem de macros, estes terão volume bem inferior. A maioria dessas matérias primas são bem densas e higroscópicas. A Ferraz utiliza silos fabricados em aço inoxidável em tais situações.

Roscas de dosagem:

Essas roscas pecisam ter um diâmetro pequeno, cerca de 4”, e o passo da rosca precisa ser menor mais próximo da saída, para que os controladores possam ter precisão na dosagem.

Caçamba de pesagem:

Embaixo dessas roscas haverá uma caçamba de pesagem para pesar todos os micro ingredientes e depois encaminhá-los para o misturador ou para a caçamba principal onde ele se juntará com os macro ingredientes.

Transporte de arraste:

E por último o transporte irá levar todo o material pesado para ser misturado.

Mesa de comando e PLC:

Comandando todo esse sistema sempre deve existir uma mesa de comando que é o equipamento onde estarão cadastradas todas as receitas da planta industrial, e é por essa mesa que o operador irá controlar a pesagem dos ingredientes. O PLC é responsável por fazer a comunicação do sistema da fábrica com o programa que gerencia o estoque e as finanças da empresa é ele que enviará os relatórios de quanto foi consumido por dia ou quantas bateladas aconteceram para que a empresa possa dar baixa no estoque.